















acro polis nua
O barulho aumentou, e eles puderam distinguir vozes. Hipólito acreditou que os assassinos haviam retornado; que haviam rastreado sua fuga e estavam vindo em direção à cripta por algum caminho que ele desconhecia. Ele se preparou para o pior e, desembainhando sua espada, resolveu defender Júlia até o fim. A apreensão deles, no entanto, logo se dissipou com o tropel de cavalos, som que o alarmara e que agora parecia vir de um pátio acima, muito próximo da cripta. Ele ouviu distintamente as vozes dos bandidos, juntamente com os gemidos e súplicas de alguma pessoa, a quem era evidente que estavam prestes a saquear. O som parecia tão próximo que Hipólito ficou chocado e surpreso; e olhando ao redor da cripta, percebeu uma pequena janela gradeada bem alta na parede, que concluiu ser de onde se avistava o local onde os ladrões estavam reunidos. Lembrou-se de que sua luz poderia traí-lo; e por mais horrível que fosse a alternativa, foi compelido a apagá-la. Ele então tentou subir até a grade, através da qual poderia obter uma visão do que se passava lá fora. Conseguiu, pois a aspereza da parede lhe proporcionou um apoio. Viu, num pátio em ruínas, parcialmente iluminado pelo brilho de tochas, um grupo de bandidos cercando duas pessoas amarradas a cavalo, que imploravam por misericórdia. Todo o grupo tremeu ao ouvir essa terrível previsão, e não houve um único entre eles que não tenha derramado lágrimas. Nesse momento, a jovem fada saiu de trás da tapeçaria e disse, falando para que todos pudessem ouvir: